O belo e trágico western gay "O Segredo de Brokeback Mountain" com Heath Ledger e Jake Gyllenhaal tinha já conquistado o público, portanto toda a gente esperava uma vitória.
A máxima honra, no entanto, foi para o drama de Paul Haggis "Colisão", uma surpresa inexplicável para todos.
Lauren Bacall, então com 72, contava já 50 anos de carreira quando recebeu a sua primeira nomeação de sempre, na categoria de Melhor Atriz Secundária, pelo seu papel em "As Duas Faces do Espelho". Tinha toda a nostalgia de Hollywood do seu lado…
Mas foi a atriz francesa Juliette Binoche que levou o troféu para casa, pela sua atuação em "O Paciente Inglês". Até Binoche admitiu em palco que esperava que Bacall ganhasse.
A incrível carreira de Judy Garland não tinha ainda sido reconhecida pelos Prémios da Academia, até este ano em que se esperava que ela ganhasse o galardão de Melhor Atriz pelo seu papel em "Assim Nasce Uma Estrela".
O prémio foi, no entanto, para Grace Kelly por "Para Sempre". Na altura, Kelly tinha ainda apenas alguns anos de carreira.
Embora Marisa Tomei seja hoje uma atriz bem-sucedida, era em 1993 a escolha menos óbvia entre talentos reconhecidos como Judy Davis, Vanessa Redgrave, Miranda Richardson, e Joan Plowright.
Ninguém podia ter previsto a sua vitória, muito menos pelo seu papel em "O Meu Primo Vinny", e começaram até a circular rumores de que se teria tratado de um erro.
"Pulp Fiction" e "Os Condenados de Shawshank" eram candidatos extremamente fortes ao prémio de Melhor Filme, permanecendo até hoje monumentalmente populares.
No entanto, por razões que apenas se tornaram mais inescrutáveis com o passar dos anos, o prémio foi antes para "Forrest Gump".
O prémio de melhor realizador parecia garantido para Martin Scorsese, pelo seu clássico sobre a máfia, "Tudo Bons Rapazes".
Mas o icónico realizador perdeu para Kevin Costner, que realizou e representou em "Danças com Lobos".
Em 1977, parecia que o prémio de melhor filme iria seguramente para "Os Homens do Presidente" ou "Escândalo na TV".
Mas muitos cinéfilos ficaram surpreendidos quando "Rocky", de Sylvester Stallone, foi anunciado o vencedor.
"O Resgate do Soldado Ryan" de Steven Spielberg era considerado por muitos o favorito para melhor filme.
Mas no final de contas, foi "A Paixão de Shakespeare" que levou para casa o prémio. Diz-se que Harvey Weinstein pagou para o filme ter mais hipóteses de ganhar.
Os nomeados para Melhor Ator em 2003 incluíam enormes nomes de Hollywood como os dos favoritos Daniel Day-Lewis ("Gangs de Nova Iorque") e Jack Nicholson ("As Confissões de Schmidt").
No entanto, foi o menos conhecido Adrien Brody que acabou por ganhar o Óscar, pelo seu papel em "O Pianista".
Com o enorme sucesso de "O Padrinho", quase todos esperavam que fosse Coppola a subir a palco para receber o prémio de Melhor Realizador.
Para surpresa de toda a gente, porém, foi Bob Fosse que levou para casa o troféu pelo seu trabalho em "Cabaret, Adeus Berlim".
"O Mundo a Seus Pés" de Orson Welles é considerado um dos maiores filmes alguma vez feitos, por isso pode imaginar como foi perder a corrida para Melhor Filme.
O prémio foi no seu lugar para "O Vale Era Verde" de John Ford.
Em 2001, vário nomes sonantes estavam na corrida para o prémio de Melhor Atriz, incluindo Kate Hudson ("Quase Famosos"), Judi Dench ("Chocolate"), e Frances McDormand ("Quase Famosos").
Para surpresa de toda a gente, Marcia Gay levou para casa o galardão pelo seu papel em "Pollock", apesar de a sua atuação não ter sido distinguida pelos Globos de Ouro, Prémios SAG, ou BAFTAs.
Numa altura de grande popularidade dos westerns, "O Comboio Apitou Três Vezes", realizado por Fred Zinnemann, era um favorito para ganhar Melhor Filme.
Em vez disso, foi "O Maior Espectáculo do Mundo", com Charlton Heston e Betty Hutton, que levou para casa o maior prémio da noite.
Jodie Foster ("Taxi Driver") e Piper Laurie ("Carrie") estavam na corrida para Melhor Atriz Secundária, mas perderam para alguém que apareceu no ecrã menos de seis minutos…
Beatrice Straight ganhou o Óscar pelo seu papel em "Escândalo na TV", apesar de apenas aparecer no filme durante cinco minutos e quarenta segundos. Não surpreendentemente, definiu um novo recorde para um Óscar ganho com o menor tempo de participação em filme.
Fãs de cinema em todo lado ficaram surpreendidos quando o grupo de rap Three 6 Mafia ganhou o Óscar de Melhor Canção Original. A sua música "It's Hard Out Here for a Pimp" ("Está difícil a vida de chulo") apareceu no filme "Hustle & Flow", com Terrence Howard.
"Para quem estiver a contar", brincou o então apresentador do programa Daily Show, Jon Stewart, "Martin Scorsese, zero Óscares. Three 6 Mafia, um."
Edward Norton ("América Proibida"), Nick Nolte ("Confrontação"), e Tom Hanks (O Resgate do Soldado Ryan") eram todos fortes candidatos ao prémio de Melhor Ator em 1999.
Mas o prémio foi para Roberto Benigni, pelo seu papel em "A Vida é Bela", que também ganhou o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
A atuação de Winona Ryder em "A Idade da Inocência" de Martin Scorsese parecia ser a favorita, com outras fortes candidatas como Rosie Perez ("Sem Medo de Viver"), Emma Thompson ("Em Nome do Pai"), e Holly Hunter ("A Firma") a competir para Melhor Atriz Secundária.
Mas foi antes a estreante de 11 anos Anna Paquin a ser anunciada a vencedora, pelo seu desempenho no filme "O Piano". Dá para ver pela sua expressão que mesmo ela ficou surpreendida!
"Em Inglês, S.F.F." de Armando Iannucci e "Nas Nuvens" de Jason Reitman eram os favoritos na categoria de Melhor Argumento Adaptado.
Mas foi Geoffrey Fletcher, contudo, quem acabou por ganhar o Óscar pelo seu trabalho no filme "Precious".
O Óscar de Melhor Filme parecia destinado a "127 Horas", "A Rede Social" ou "The Fighter - Último Round".
Muitos ficaram chocados quando o prémio foi antes para "O Discurso do Rei", que era um grande filme que exibia o talento de Colin Firth, mas em última instância pareceu uma escolha bizarra.
Por volta de 2017, as pessoas já se tinham acostumado a certas escolhas da Academia, daí esperar-se a vitória de "La La Land: Melodia de Amor" na categoria de Melhor Filme.
Mas depois de um anúncio errado de que "La La Land" tinha ganho, o verdadeiro vencedor foi revelado: "Moonlight". O choque era tangível.
Muitos acreditavam que "Roma" de Alfonso Cuarón faria História tanto como o primeiro filme da Netflix a ganhar Melhor Filme, como primeiro filme estrangeiro a ultrapassar os anglófonos.
E de novo, contra "Roma", "Black Panther", "BlacKkKlansman: O Infiltrado", "Bohemian Rhapsody" "Assim Nasce Uma Estrela", e "Vice", o prémio de Melhor Filme foi atribuído a "Green Book - Um Guia Para a Vida".
Com a sua sétima nomeação aos Óscares pelo seu papel em "A Mulher", muitos pensavam que Glenn Close teria finalmente o seu momento em palco nos Prémios da Academia. Mas estavam enganados.
Até Olivia Colman ficou surpreendida quando foi nomeada Melhor Atriz pelo seu papel em "A Favorita", e fez questão de dedicar uma palavra de reconhecimento a Glenn Close, dizendo "Não era assim que eu queria ter ganho, e penso que és maravilhosa, adoro o teu trabalho".
Veja também: As estrelas que surpreendentemente nunca ganharam um Óscar
Com os favoritos de Hollywood, Quentin Tarantino ('Era Uma Vez em... Hollywood'), Martin Scorsese ('O Irlandês') e Sam Mendes ('1917'), na corrida, muitos apostavam que um deles seria o vencedor.
No entanto, foi Bong Joon-ho ('Parasitas'), realizador sul-coreano com um filme em língua estrangeira que nunca tinha recebido um Óscar, a levar para casa as duas estatuetas. Joon-ho também fez história ao ao ser o primeiro asiático a receber o Óscar de Melhor Realizador, Melhor Filme, Melhor Argumento Original e Melhor Filme Internacional.
Os Prémios da Academia são uma das cerimónias de entrega de prémios mais antecipadas, juntando todos os anos toda a indústria de cinema para ver os melhores filmes do ano competir pelo prestigiado prémio. Com tanta variedade por onde escolher, aliada à frequente discrepância entre o público e os membros da Academia, não raramente têm ocorrido resultados inesperados ao longo dos anos.
Este ano, o maior vencedor da noite foi Sir Anthony Hopkins, que ganhou o prémio de Melhor Ator pelo seu papel em The Father. Muitos telespectadores ficaram surpresos com a vitória, pois parece que a categoria passou para para o final do programa, em antecipação a uma homenagem ao falecido Chadwick Boseman. Até Hopkins não compareceu à cerimónia, nem pessoalmente nem por vídeo, embora na manhã seguinte tenha partilhado um vídeo nas redes sociais falando sobre a sua vitória.
"Aos 83 anos de idade, não esperava receber este prémio, realmente não esperava", disse ele, no exterior de sua casa no País de Gales. Embora estivesse grato à Academia, disse que realmente não esperava ganhar e também prestou uma breve homenagem a Boseman. Outros nomeados ao prémio incluem Riz Ahmed (Sound of Metal), Gary Oldman (Mank) e Steven Yeun (Minari).
O choque foi tão generalizado que as pessoas começaram a fazer comparações entre o final dos Óscares deste ano com o de 2017, onde o evento terminou em La La Land sendo acidentalmente anunciado como Melhor Filme em vez do verdadeiro vencedor, Moonlight — exceto que desta vez não foi um erro.
Clique nesta galeria para ver quais foram os vencedores mais imprevistos ao longo da história dos Óscares. De quantos destes momentos se recorda?
Anthony Hopkins e outras vitórias surpreendentes na História dos Óscares
O ausente vencedor de Melhor Ator diz que até ele "não esperava mesmo isto"
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Os Prémios da Academia são uma das cerimónias de entrega de prémios mais antecipadas, juntando todos os anos toda a indústria de cinema para ver os melhores filmes do ano competir pelo prestigiado prémio. Com tanta variedade por onde escolher, aliada à frequente discrepância entre o público e os membros da Academia, não raramente têm ocorrido resultados inesperados ao longo dos anos.
Este ano, o maior vencedor da noite foi Sir Anthony Hopkins, que ganhou o prémio de Melhor Ator pelo seu papel em The Father. Muitos telespectadores ficaram surpresos com a vitória, pois parece que a categoria passou para para o final do programa, em antecipação a uma homenagem ao falecido Chadwick Boseman. Até Hopkins não compareceu à cerimónia, nem pessoalmente nem por vídeo, embora na manhã seguinte tenha partilhado um vídeo nas redes sociais falando sobre a sua vitória.
"Aos 83 anos de idade, não esperava receber este prémio, realmente não esperava", disse ele, no exterior de sua casa no País de Gales. Embora estivesse grato à Academia, disse que realmente não esperava ganhar e também prestou uma breve homenagem a Boseman. Outros nomeados ao prémio incluem Riz Ahmed (Sound of Metal), Gary Oldman (Mank) e Steven Yeun (Minari).
O choque foi tão generalizado que as pessoas começaram a fazer comparações entre o final dos Óscares deste ano com o de 2017, onde o evento terminou em La La Land sendo acidentalmente anunciado como Melhor Filme em vez do verdadeiro vencedor, Moonlight — exceto que desta vez não foi um erro.
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