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O que são e quão antigos são -

Os Evangelhos Gnósticos são uma coleção de 52 textos encontrados no Egito em 1945. Os textos foram escritos em papiro e compilados em 13 livros antigos, chamados códices.

Os textos foram encontrados em dezembro de 1945, por um camponês árabe chamado Muhammad 'Ali al-Samman, dentro de um jarro enterrado.

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O que aconteceu aos livros? - Os livros foram posteriormente vendidos no mercado negro do Cairo. O governo egípcio confiscou a maioria dos livros, mas um dos códices foi contrabandeado para fora do Egito e acabou na Europa.

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Onde estão eles agora? - Os textos originais estão agora guardados no Museu Cóptico no Cairo e estão rotulados com a sigla NHC (Nag Hammadi Codices — Códices de Nag Hammadi).

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Gnósticos e gnosticismo -

O termo "gnóstico" vem de gnose (gnōsis), a palavra grega para "conhecimento". Os gnósticos acreditavam ter um conhecimento secreto sobre Deus e o divino, daí o nome. Eles tinham opiniões diferentes sobre Jesus e os seus ensinamentos e muitos dos seus textos foram destruídos por serem considerados hereges pela Igreja primitiva.

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Gnósticos e gnosticismo - Os gnósticos não eram uma Igreja ou uma religião única organizada. Eles eram compostos por uma série de movimentos religiosos e filosóficos que prosperaram do segundo ao quarto século E.C.

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Crenças gnósticas - Na sua essência, os gnósticos acreditavam que o mundo material era malévolo e que o mundo espiritual era virtuoso. De acordo com o site Explore God, os gnósticos acreditavam que os humanos eram "espíritos virtuosos presos dentro de corpos materiais malévolos".

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Como viam os gnósticos Deus? - Os gnósticos acreditavam num Deus Supremo que era transcendental e além da compreensão. Também acreditavam que a criação do universo era obra de um Deus um tanto inferior chamado Demiurgo, e não do Deus Supremo.

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Como viam os gnósticos Jesus? - Os gnósticos viam Jesus como o "Redentor", que veio à Terra para revelar a verdade aos humanos. Para alguns, Jesus era puramente divino e absolutamente nada humano (visto que a matéria era malévola), embora outros acreditassem que Jesus era apenas humano.

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Salvação no gnosticismo - Os gnósticos não acreditavam que os sacramentos ou o perdão dos pecados eram necessários para que alguém fosse salvo. Em vez disso, para alcançar a salvação, os humanos teriam de adquirir "gnose", o conhecimento secreto.

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Deus está em nós - Os gnósticos acreditavam que conhecer-se a si mesmo era o caminho para conhecer Deus. De acordo com um trecho do livro The Gnostic Bible (A Bíblia Gnóstica), reproduzido pelo site gnosis.org, os gnósticos rejeitavam a mediação de padres, rabinos e outras autoridades religiosas.

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O que é um Evangelho? -

Evangelho vem da palavra grega euaggélion e significa essencialmente "boa nova". O termo foi adotado pelos primeiros cristãos para transmitir a mensagem de Jesus e narrar a sua vida.

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Evangelhos gnósticos - Os textos gnósticos descritos como Evangelhos contam a visão dos gnósticos de Jesus. Alguns Evangelhos famosos incluem os de Tomé, Maria e  J u d a s.

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O Evangelho de Tomé -

Segundo os Opus Dei, o Evangelho de Tomé contém 114 citações de Jesus, mas nenhuma narrativa.

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O Evangelho de Maria - O Evangelho de Maria narra a revelação que ela teve sobre a ascensão de Cristo.

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O Evangelho de J u d a s -

De acordo com este texto polémico, J u d a s  era na verdade um bom apóstolo, como argumentado pelo The New York Times. Na verdade, o evangelho diz que  J u d a s  agiu sob as ordens de Jesus quando o traiu.

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Estes Evangelhos são fiáveis? - A fiabilidade dos textos foi exaustivamente debatida. Os principais argumentos contra ela, de acordo com o site A Clear Lens, são a data de escrita, a consistência e o contexto histórico.

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Data - Embora a Bíblia tenha levado muitos anos a compilar, os Evangelhos canónicos estavam a circular bem antes dos gnósticos.

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Consistência - Dada a quantidade de relatos sobre  J u d a s  nos textos canónicos de outros apóstolos, é natural que a versão gnóstica de  J u d a s  levante dúvidas.

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Consistência -

Os evangelhos canónicos descrevem a mensagem de Jesus como universal, enquanto a versão dos gnósticos diz que ele ofereceu o seu conhecimento apenas a um grupo seleto.

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Contexto histórico -

A falácia reside no facto de que os gnósticos usaram os mitos como um veículo das suas crenças, por isso os textos não são necessariamente relatos históricos da vida de Jesus.

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Fiabilidade - O professor Francis Watson, da Universidade de Durham, vai ainda mais longe e afirma que alguns dos textos são falsos.

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Fiabilidade - A mesma visão é apoiada por Mark Goodacre, professor universitário que leciona a cátedra de Novo Testamento e Origens Cristãs na Universidade de Duke.

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A Bíblia - A Bíblia foi compilada ao longo de vários anos e vários livros não chegaram à versão final, de acordo com a Bíblica, a Sociedade Internacional da Bíblia.

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O Novo Testamento - Os Evangelhos selecionados para o Novo Testamento foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Estes são os evangelhos canónicos reconhecidos.

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O que é o cânone? -

De acordo com a Bíblica, a Sociedade Internacional da Bíblia, o cânone são os livros fidedignos, considerados inspirados por Deus.

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Porque não estão os evangelhos gnósticos na Bíblia? - O erudito da Bíblia Darrell L. Bock disse numa entrevista à Beliefnet que "a raiz desses evangelhos (canónicos) envolve uma figura apostólica ou alguém intimamente associado a uma figura apostólica." E que, "os evangelhos que acabaram na Bíblia são todos do primeiro século. Nenhum evangelho dessa lista [gnóstica] que eu conheço é realmente datado do primeiro século."

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O Código Da Vinci - O best-seller de Dan Brown foi inspirado nos evangelhos gnósticos, mas os estudiosos discordam da visão de Brown, de acordo com a National Geographic.

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Porque são estes textos tão importantes? -

Os Evangelhos Gnósticos dão-nos uma visão importante do gnosticismo e do cristianismo primitivo. Mostra-nos que várias ideias foram debatidas e como a igreja primitiva as interpretou.

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