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O que é a heurística? -

A heurística compreende essencialmente regras empíricas por aproximação que os humanos tomam para tomarem decisões rapidamente. Por outras palavras, atalhos mentais. Há muita informação no mundo e tempo limitado para tomar decisões, por isso esses processos mentais ajudam-nos a sermos eficientes.

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O que são vieses (cognitivos)? -

Alguns destes atalhos podem levar a vieses cognitivos — erros sistemáticos de pensamento  —, que às vezes acontecem quando tomamos uma decisão.

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Origens -

A psicologia por trás da heurística e vieses deve as suas origens a Herbert Simon (1916–2001). Mais tarde, Amos Tversky (1937–1996) e Daniel Kahneman realizaram estudos inovadores sobre os tipos de vieses que influenciam o cérebro humano.

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Origens - Após a morte de Amos Tversky (1937-1996), Daniel Kahneman (na foto) escreveu um livro sobre as descobertas da sua investigação conjunta chamada Thinking, Fast and Slow (2011). Ganhou o Prémio Nobel de Economia pelo seu trabalho.

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Porquê? - Existem várias razões pelas quais poderemos precisar de agilizar o pensamento. A primeira teoria é que reduz o esforço mental. Usando heurística, a resolução de problemas e a tomada de decisões tornam-se mais fáceis, mesmo que possam ser menos precisas.

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Velocidade -

Nos tempos em que os seres humanos eram caçadores-coletores, era importante encontrar soluções rapidamente para sobreviver. A heurística permite-nos tomar decisões mais rapidamente porque transforma as informações complexas à nossa voltra em formas mais simples.

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Tipos de heurística - Existem vários tipos diferentes de heurística em ação ao mesmo tempo. Quando ler sobre eles, tente pensar nas ocasiões em que enviesaram o seu pensamento. É surpreendente o quanto realmente influenciam a maneira como pensamos.

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Disponibilidade - A heurística disponível é quando tomamos decisões com base na facilidade com que algo vem à nossa mente. Quanto mais prontamente disponível a informação, mais provavelmente ela afetará o pensamento, não importando se ela é realmente relevante ou não.

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Disponibilidade - Por exemplo, se ler alguns artigos sobre acidentes de avião e tiver de decidir se quer comprar uma passagem de avião ou de comboio, provavelmente comprará uma passagem de comboio se tiver ficado sugestionado(a) pelo que leu.

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Representatividade -

Representatividade: quando usa uma situação no seu cérebro para ajudar a tomar uma decisão no presente. Por exemplo, um homem idoso pode fazer-lhe lembrar o seu avô e, portanto, você acredita imediatamente que ele é uma pessoa adorável e atenciosa.

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Afeto - Estamos todos familiarizados com este. A heurística do afeto manifesta-se quando o nosso estado emocional influencia as nossas escolhas. Por exemplo, é mais provável que compre um belo presente de aniversário a alguém se estiver de bom humor. Da mesma forma, se estiver de mau humor, talvez não dê tanta importância ao presente.

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Efeito de ancoragem/focalismo - A ancoragem acontece quando somos demasiado influenciados pela primeira informação que ouvimos sobre um assunto. Por não considerarmos as outras informações com a mesma consideração, geralmente fazemos escolhas erradas.

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Efeito de ancoragem/focalismo - Por exemplo, imagine que está num mercado. O dono de uma banca diz que um item custa 15$. Você tenta regatear até 10$ e eles aceitam. Você acha que fez um bom negócio. Isso ocorre apenas porque estava ancorado na primeira informação. Se olhar para o item um pouco mais de perto, verá que ele provavelmente vale 5$.

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Erro - É possível que, num esforço para processar a informação à sua volta, o seu cérebro tenha começado a cometer um erro. Assim que ocorre um erro na nossa maneira de pensar, é muito difícil removê-lo, porque foi criada uma ligação neuronal.

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Viés ator-observador - O viés do ator-observador acontece quando acredita que os seus próprios problemas se devem a fontes externas, mas os de outras pessoas se devem a problemas internos. Por exemplo, você pode atribuir o seu próprio ganho de peso à genética, mas considerar o ganho de peso de outras pessoas como resultado de preguiça e má dieta.

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Viés de atenção - Isso acontece quando damos atenção a certos aspetos de algo e, ao mesmo tempo, ignoramos outros, mesmo que sejam importantes. Por exemplo, ao comprar uma bicicleta pode prestar atenção à estética, mas ignorar a qualidade das rodas e dos travões.

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Viés de confirmação - O viés de confirmação é especialmente prevalente na política. Acontece quando uma pessoa favorece informações que confirmam aquilo que ela já pensa, em vez de considerar as provas contra os seus pontos de vista.

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Efeito de falso consenso - Simplificando, os humanos tendem a acreditar que mais pessoas concordam com eles do que é realmente o caso. Inventamos um “falso consenso”.

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Fixidez funcional - Isso acontece quando deixamos de ver outros usos para as coisas porque ficamos cegos pelo seu papel funcional. Por exemplo, você pode não comprar elásticos porque não tem papéis ou objetos de escritório para segurar. No entanto, podem ter usos não convencionais (p. ex., podem servir para evitar o chocalhar das chaves no bolso se sair para correr). O mesmo vale para as pessoas. Você pode nunca pensar que os contínuos têm qualidades de liderança, embora seja inteiramente possível que tenham.

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Efeito halo - Os humanos tendem a fazer muito isto. Acontece quando a sua impressão geral de uma pessoa determina como julga o seu caráter. Normalmente, poderíamos pensar nisso como uma intuição. No entanto, os estudos sugerem que a atratividade física tem muito que ver com as nossas impressões sobre as pessoas.

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Efeito de desinformação - O efeito ocorre quando informação sobre coisas que aconteceram depois de um evento afetam a memória do evento. Por exemplo, uma testemunha ocular pode ter memórias erróneas de um crime por causa de novas informações, levando a um testemunho não fiável no tribunal.

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Viés de otimismo - Experienciamos o viés de otimismo quando acreditamos que temos menos probabilidade de sofrer infortúnios do que os outros. Também nos leva a acreditar que temos mais probabilidade de alcançar o sucesso.

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Viés da autoconveniência - Somos todos culpados deste. É quando culpamos os outros quando acontecem coisas más, mas reivindicamos o crédito quando acontecem coisas boas. Por exemplo, você poderá culpar outras pessoas pela perda do seu emprego, mas assumir crédito se conseguir um novo.

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O efeito Dunning-Kruger - Este fenómeno consiste em sobrestimar a sua própria inteligência ou conhecimento tem o nome dos psicólogos sociais David Dunning e Justin Kruger.

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Flexibilidade cognitiva -

É impossível saber com certeza a origem destes fenómenos. Mas a idade é um fator, pois à medida que envelhecemos podemos ficar mais tendenciosos do ponto de vista cognitivo, devido à diminuição da flexibilidade cognitiva.

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Pensamento distorcido - Se alguém é vulnerável a muitos vieses cognitivos, é provável que tenha um modo de pensar distorcido. Por exemplo, as teorias da conspiração têm sido frequentemente associadas a vários vieses cognitivos.

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Aprenda a ter consciência -

É possível superar estes vieses com um pouco de trabalho árduo. Em primeiro lugar, deve estar ciente dos vieses que existem. Isso pode permitir-lhe ignorar os atalhos que o cérebro cria. Consequentemente, tomará provavelmente decisões melhores.

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Considere os fatores de decisão - Ao tomar decisões, tente pensar nos vieses e considere se estão de alguma forma a influenciar o seu pensamento. Isso ajudá-lo(a)-á a ser mais neutro(a) ao considerar diferentes opções.

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Desafie o seu próprio pensamento -

Uma das maiores coisas que pode fazer é desafiar a sua própria maneira de pensar. Nunca vai superar os vieses cognitivos se não aceitar que os tem. Ao fazer isso, aumentará as suas competências de pensamento crítico e tornar-se-á um melhor ser humano.

Fontes: (Verywell Mind) (MasterClass)

Veja também: A surpreendente psicologia por trás do empratamento

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