As razões que o podem convencer a comer insetos

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Entomofagia - Em 2013 a ONU lançou um relatório intitulado 'Edible Insects: Future Prospects for Food and Feed Security', que apresentou argumentos inovadores relativos à entomofagia, como a densidade nutricional e a melhoria do ambiente, da economia e da sustentabilidade social.

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Nutritivo e delicioso -

Os insetos são ricos em proteínas, gorduras saudáveis, cálcio, ferro e zinco. Muitos são alternativas mais nutritivas do que as típicas fontes de proteína animal, como o peixe, o frango e a a carne bovina e suína.

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São baixos em gordura - Muitas espécies de insetos pesam menos de cinco gramas de gordura por porção, o que torna-os ótimos para quem esteja a fazer dieta.

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Uma forma de combater a obesidade - A combinação entre o baixo teor de gordura, baixos hidratos de carbono e muita proteína, levou a que muitos investigadores sugerissem que a ingestão de insetos pudesse ser uma forma efetiva de combater a obesidade e as respetivas doenças que estão relacionadas com a mesma.

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São baratos e eficientes - O cultivo de insetos necessita de muito pouca água e combustível, em comparação ao que é necessário para a pecuária e o cultivo de grãos, sendo mais eficiente que a criação de gado. Por exemplo, 45 kg de ração produzem 4.5 kg de carne bovina, já a mesma quantidade de ração produzirá quatro vezes essa quantidade em insetos.

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São benéficos para o ambiente - Os invertebrados com asas (como os grilos) também emitem menos gases de efeitos de estufa do que, por exemplo, o gado.

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Proteína alternativa e sustentável - Para produzir a mesma quantidade de proteína, os grilos necessitam de uma quantidade de alimentos 12 vezes inferior àquela que é necessária pelo gado, 4 vezes inferior à necessária pelos rebanhos e metade daquela que é necessária por p o r c o s e g a l i n h a s .

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É menos perigoso do que comer carne - Os insetos têm sido associados de forma errada à sujidade e às doenças. Os investigadores afirmam que comer insetos é melhor do que comer carne. Os insetos trazem um menor risco de infetar os humanos com doenças zoonóticas do que as carnes.

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Os insetos comem de forma saudável, crescem depressa e têm muitos filhos - Os grilos cultivados consomem grãos orgânicos feitos à base de grãos, juntamente com frutas e vegetais. Cada mãe-grilo colocará entre mil a 3 mil ovos durante a vida, levando apenas sete semanas até ocorrer a eclosão da colheita.

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Podem ser mortos humanamente - As condições ideais para a criação de grilos envolvem um calor situado entre os 29 e os 35ºC. Assim, terá de baixar a temperatura quando chegar o momento de colher os animais. Os grilos diminuem à medida que a temperatura diminui, passando por um processo intitulado de diapausa, que assemelha-se a uma hibernação. Os grilos não gostam de frio, que alegadamente deixa-os stressados.

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Bons para a economia - Criar e colher insetos é uma atividade muito económica, o que significa que essa atividade pode impulsionar as economias urbanas e também fornecer opções de baixo capital, sem a necessidade de opções muito tecnológicas para a comunidade rural.

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É benéfico para todos - A criação de insetos fornece rendas para as populações marginalizadas, combate a má nutrição e reduz o impacto negativo sobre o meio ambiente.

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Uma solução para a escassez de alimentos - Espera-se que por volta de 2050 a população mundial seja de 9 mil milhões de habitantes. Com as alterações climáticas a reduzirem os campos agrícolas, a entomofagia poderá ajudar a dar resposta à escassez de alimentos.

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Como é o sabor? - Algumas pessoas dizem que os grilos têm um sabor semelhante à combinação entre os cajus e o milho doce. Outros afirmam que sabem a pistácios. Há quem diga também que os grilos têm um sabor semelhante aos camarões, quando estes são temperados com manteiga, sal e cebola.

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Variedade de opções - Os escaravelhos são os insetos mais consumidos, mas as lagartas, as abelhas, as vespas, os gafanhotos e os grilos também são escolhas populares. Mais de 1500 espécies de insetos são consideradas comestíveis. Cada uma destas espécies tem um valor nutricional específico.

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Diversas utilidades - Os insetos podem ser fritos, cozidos, salteados, assados e temperados com um pouco de azeite e sal. Também podem ser transformados em farinha, sendo utilizados no fabrico de pão e bolachas.

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É mais comum do que se possa pensar - São várias as pessoas que comem insetos, nos mais variados locais do mundo. Estima-se que 3 mil grupos étnicos o façam. Na verdade, existem mais pessoas a comer insetos do que a falar inglês.

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Dieta dos insetos da Tailândia - Desde 1998 que os grilos são uma iguaria popular na Tailândia, quando o rei implementou um programa de cultivo. No entanto, poderá desfrutar de vários tipos de insetos comestíveis, que são fritos até ficarem estaladiços e com muito sal.

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Os insetos doces e salgados do Japão - Há séculos que a cozinha japonesa utiliza insetos. No entanto, os japoneses têm preferência por um sabor doce e salgado, ao mergulharem os gafanhotos numa combinação composta por molho de soja, açúcar, saqué e mirin. Outros pratos incluem pupas de traças e larvas de vespas.

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Larvas da China - Na China, os apreciadores de iguarias podem pedir um prato de larvas cozidas em água com vinagre, ou larvas de traças, que são ricas em cobre, ferro, riboflavina, tiamina e zinco.

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Formigas rainhas do Brasil - Alguns restaurantes brasileiros têm a oferecer as formigas fritas da Amazónia, que alegadamente têm um sabor semelhante a menta ou gengibre. Alegadamente estes insetos também têm um sabor agradável quando são mergulhados em chocolate, no entanto não costumam ser comercializados desta forma.

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Térmitas do Gana - De acordo com o Terminix, os insetos providenciam cerca de 60% da proteína na dieta da África rural. Apesar de serem considerados uma peste em muitos locais do mundo, as térmitas são um aperitivo nutritivo, com muitas proteínas, gorduras e óleos. Estas podem ser fritas, assadas ou transformadas em farinha.

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Larvas de formigas, gafanhotos e vermes do México - Em algumas regiões do México poderá encontrar a larva das formigas (como os escamoles, na imagem), os gafanhotos cobertos com chocolate e as minhocas com doce. Juntamente com o mezcal, é provável que veja o sal de gusano, um sal feito com vermes de Maguey, uma iguaria antiga, usada para adicionar sabor.

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Tarântulas e formigas-de-fogo fritas do Camboja - É verdade que as tarântulas não são consideradas insetos, no entanto no Camboja encontrará estes aracnídeos ao lado de grilos e bichos-da-seda fritos.

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Larvas-da-farinha holandesas - Alguns cidadãos holandeses estão a tentar trazer a entomofagia à sua vasta cultura, ao introduzir as larvas-da-farinha em hambúrgueres, almôndegas e até no chocolate.

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O Grub Kitchen do Reino Unido - O Reino Unido deu as boas-vindas ao primeiro restaurante no território que serve insetos, o Grub Kitchen. O estabelecimento serve estas criaturas de forma deliciosa, desde chipotle de grilos até à formiga preta com queijo de cabra.

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Não gosta do estaladiço? - Nos Estados Unidos, as empresárias Rose Wang e Laura D'Asaro desenvolveram a 'chirp', que é uma espécie de tortilha (em formato de batata frita) feita com farinha de grilo. Não tem glúten, é natural, não é geneticamente modificada e contém um grilo por batata, além de 20 gramas de proteína por pacote. São estaladiças e saborosas.

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O que faz com que as pessoas recusem experimentar? - Mesmo após a divulgação dos benefícios da entomofagia, muitas pessoas continuam a recusar a introdução de insetos nas respetivas dietas. Tal estará mais relacionado com a própria cultura do que com as evidências científicas. Muitas culturas acreditam que os insetos não passam de pragas.

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Deveria começar a experimentar insetos? -

Não, existem determinados insetos que não devem ser ingeridos. Na verdade, alguns insetos poderão ter ingerido pesticidas nocivos. Felizmente é mais fácil pedir insetos comestíveis e até mesmo criar insetos.

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Veja também - Deliciosas alternativas veganas para fugir aos ingredientes populares

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