Há vozes que são simplesmente inconfundíveis, e Amy Winehouse pertence a essa categoria exclusiva e distinta de talentos musicais. A cantora e compositora britânica desapareceu tragicamente jovem, juntando-se ao "Clube dos 27." No entanto, ela deixou uma marca inesquecível na indústria musical e na memória dos seus fãs. As suas letras francas e a sua personalidade efusiva são únicas. Ninguém é perfeito e Amy Winehouse lutou contra muitos demónios. Muito embora já não esteja entre nós, o seu legado musical continua vivo e o mesmo acontece com a sua história de vida.
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A cantora e compositora nasceu sob o nome Amy Jade Winehouse no dia 13 de setembro de 1983, em Londres, Inglaterra - mais especificamente em Southgate.
Amy foi influenciada diretamente pela família. Os seus tios eram músicos profissionais de jazz e Cynthia, a sua avó, também era cantora.
Consta que Amy recebeu a sua primeira guitarra aos 13 anos e, depois disso, começou a escrever as suas próprias canções. A avó encorajou os seus dotes artísticos, sugerindo que entrasse numa escola de teatro.
A sua capacidade vocal deu nas vistas pela primeira vez quando ela começou a frequentar a Sylvia Young Theatre School, aos 12 anos. Daí seguiu para a Brit Performing Arts School, em Croydon, no sul de Londres. Aos 16 anos Winehouse já era cantora profissional.
No início dos 2000, Amy gerou burburinho no meio da indústria musical graças à sua voz poderosa e o seu visual retro tão característico.
Com apenas 19 anos Amy Winehouse assinou o seu primeiro contrato discográfico com a editora Island. Ela editou o seu álbum de estreia intitulado 'Frank', um ano mais tarde, em 2003.
O álbum, dedicado a temas originais de jazz, foi um sucesso e recebeu múltiplas críticas positivas e várias nomeações para os prémios BRIT, da indústria musical britânica.
A sua performance foi comparada à cantora Nina Simone. à exceção de duas canções, todas as músicas brutalmente frontais do álbum foram escritas por Winehouse.
Depois de 'Frank' Amy não escreveu músicas novas durante 18 meses. No entanto, ela conheceu Mark Ronson, o influente produtor que lhe acendeu a inspiração para escrever 'Back to Black' - o disco seguinte, editado em 2007.
O álbum tornou-se o mais vendido no Reino Unido, em 2007. O primeiro single foi 'Rehab', que lhe garantiu a ascensão à fama a nível global.
Na canção, Amy Winehouse traduziu a sua experiência na vida real para a tablatura e o liricismo emocional, explicando as sua luta com a dependência de substâncias tóxicas e a recusa de receber ajuda.
As vocalizações retro - de partir qualquer coração - em 'Back to Black' tornara-se próximas dos ouvintes que se identificavam com o que Amy cantava. Consecutivamente, foi nomeada Melhor Cantora Feminina, nos prémios BRIT, e Artista do Ano, nos prémios MTV Music.
O álbum também recebeu seis nomeações para os Grammy, dos quais arrecadou cinco - nomeadamente, Artista Revelação, Disco do Ano e Canção do Ano, com 'Rehab.'
Várias canções do álbum foram inspiradas na relação atribulada com Blake Fielder-Civil. Os temas "escreveram-se a si próprios", foi o que a cantora alegadamente afirmou.
A relação sofreu interrupções constantes e o casal deu o nó, em segredo, corria o ano de 2007. O romance alimentou as caixas altas dos tabloides, enquanto durou.
Dizia-se que a relação estava contaminada pela violência e a dependência de substâncias tóxicas. De acordo com os media, Blake afirmou ter sido ele a iniciar Amy no consumo de heroína e cocaína.
O casal separou-se em 2008, Blake foi preso e em 2099 o divorcio foi oficialmente consumado. Amy começou a namorar o ator Josh Bowman no mesmo ano.
A digressão intensiva, com o sucesso de 'Back to Black' também não ajudou Amy Winehouse a lidar com os seus demónios e os seus pais temiam pela saúde dela, devido ao calendário exigente.
Amy atuou em alguns programas de televisão, de forma errática, e começou a cancelar alguns espetáculos.
"Eu não preciso de ajuda porque, se não consigo conter-me, não posso ser ajudada", afirmou a cantora.
Amy Winehouse viveu em Camden, Londres, onde continuou a dar espetáculos em salas locais, mesmo enquanto era vaiada e gritavam para sair do palco.
Ela era uma presença assídua nos pubs da área, muitos dos quais se estabeleceram como salas de concertos. Um dos mais famosos é o Jazz Cafe.
Amy Winehouse travou uma batalha com os seus demónios, muito exposta ao público. Mais tarde acabou por admitir que se magoava fisicamente e em Janeiro de 2008 acabou por aceitar entrar entrar numa clínica de reabilitação.
Numa entrevista de 2007 à Rolling Stone, ela explicou: "Eu sei que sou talentosa, mas eu não fui posta aqui para cantar. Eu fui posta aqui para ser uma esposa e uma mãe e cuidar da minha família. Eu adoro o que faço, mas isto não é o princípio e o fim."
Em 2010, Amy Winehouse começou a namorar com o escritor e realizador Reg Traviss. De acordo com os media, o par assumiu um noivado em segredo em 2011. Traviss recebeu o crédito de manter Amy no bom caminho.
Infelizmente, o casamento nunca chegou a ser consumado. A 23 de Julho de 2011 Amy Winehouse foi encontrada sem vida, na sua casa em Camden. A causa da morte foi atribuída ao excesso de álcool.
O seu desaparecimento despoletou manifestações de pesar em todo o mundo. Ela tinha apenas 27 anos e acabou, assim, por se juntar ao afamado "Clube dos 27", a dois meses do seu aniversário.
Em 2015, o realizador Asif Kapadia trouxe a vida, carreira e lutas interiores para as luzes da ribalta com o documentário 'Amy.' No entanto, recebeu várias críticas da família e do ex-noivo de Amy, que o descreveram como "enganador e francamente impreciso."
Após a morte de Amy, o seu pai e os fãs angariaram fundos para erigir uma estátua de bronze em tamanho real no requalificado mercado de Camden. A inauguração aconteceu no dia em que a artista completaria o seu 31º aniversário.
Sam Taylor-Johnson realizou o filme de 2024 'Back to Black', baseado na vida da cantora. Marisa Abela é a protagonista que encarna o papel de Amy Winehouse.
Fontes: (Hello!) (Hollywood Life) (Rough Trade) (Biography) (The Mirror) (Daily Mail Online) (The Guardian)
Da música para o ecrã: a vida tragicamente fugaz de Amy Winehouse
O estrondoso talento musical retratado numa longa-metragem
Música Retrospective
Há vozes que são simplesmente inconfundíveis, e Amy Winehouse pertence a essa categoria exclusiva e distinta de talentos musicais. A cantora e compositora britânica desapareceu tragicamente jovem, juntando-se ao "Clube dos 27." No entanto, ela deixou uma marca inesquecível na indústria musical e na memória dos seus fãs. As suas letras francas e a sua personalidade efusiva são únicas. Ninguém é perfeito e Amy Winehouse lutou contra muitos demónios. Muito embora já não esteja entre nós, o seu legado musical continua vivo e o mesmo acontece com a sua história de vida.
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