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Aprender com o passado - A segunda vaga da pandemia de gripe “espanhola” de 1918, um século atrás, foi muito mais mortífera do que a primeira, e muitos temem que a História se repita.

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O que é uma segunda vaga? - A BBC conversou com o Dr. Mike Tildesley, da Universidade de Warwick, que explicou que não existe uma definição formal de vaga, mas que muitos realmente confundem uma primeira vaga irregular com uma segunda vaga.

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O que tem de acontecer antes de uma segunda vaga -

Para estarmos na presença de uma segunda vaga, o vírus teria primeiro de ficar sob controlo considerável, com uma queda substancial nos casos.

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A primeira onda normalmente tem três estágios -

Partindo de informações históricas de pandemias passadas, há três estágios: o surto, o pico e a queda, parecendo uma curva de sino.

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Depois vem um segundo aumento sustentado nos casos -

Começa depois uma segunda vaga, com um aumento sustentado de infeções. Lugares como Nova Zelândia e Pequim, que passaram muitos dias consecutivos sem vírus, não podem ser classificados como passando por uma "segunda vaga" quando aparece apenas um pequeno número de novos casos.

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O "fim" pode ser um novo começo - Os países podem usar um modelo matemático conhecido como SIR* (Suscetível, Infetado, Recuperado) usado para prever o "fim" do coronavírus, calculando a propagação projetada e a recuperação da doença.

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O momento de relaxamento é o mais perigoso -

Ironicamente, as pessoas que deveriam preocupar-se com uma segunda vaga são aquelas que parecem estar próximas de se livrarem completamente disto, confortadas pelo número decrescente de casos.

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Causas da segunda vaga -

O maior gatilho para uma segunda vaga é o levantamento de restrições do confinamento. A dificuldade é que os confinamentos, apesar de serem a nossa melhor defesa contra o vírus, causaram perturbações maciças, de empregos a saúde mental, educação e muito mais, além do facto de que as pessoas podem levar as coisas longe demais.

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Não baixe a guarda -

As cidades tentarão reabrir o mais rápido possível para ajudar a economia, mas se uma população anteriormente confinada voltar prematuramente ao normal, o vírus inevitavelmente voltará.

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Já está a acontecer -

Muitas cidades já sentiram esse ressurgimento de infeções como uma resposta direta às restrições levantadas, embora a maioria ainda não estivesse a salvo de uma primeira vaga.

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Subestimando o vírus -

A confusão pública sobre se casos assintomáticos podem ser infecciosos, se é possível apanhar o vírus duas vezes, quem é suscetível e como se espalha o vírus são fatores que aumentam a probabilidade de uma segunda vaga.

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Falsa esperança numa vacina -

Enquanto a vacina ainda estiver a ser investigada, não há garantia de quando estará disponível, com muitas estimativas a colocar 2021 como o prazo mais otimista.

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Informações falsas dos líderes mundiais - Os políticos que causam o que a OMS chama de "infodemia" estão a fazer afirmações perigosamente falsas sobre o vírus, incluindo ideias sobre injeções de lixívia, recusar-se a usar máscara e pedir às pessoas para retomarem as suas vidas normais. Este discurso está a influenciar diretamente o número de casos.

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Estratégias implementadas - O medo da segunda vaga é o motivo pelo qual medidas restritivas são tipicamente levantadas por etapas. É também por isso que estão a ser implementadas outras táticas enquanto as restrições são levantadas, como rastreamento de contactos ou coberturas faciais obrigatórias.

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Vai ser diferente em cada país -

Cada país tem os seus próprios fatores que contribuem para a disseminação e forma do vírus, incluindo o estado dos seus sistemas de saúde antes da chegada da pandemia. A forma das vagas de vírus é um reflexo do que está a acontecer em cada sociedade.

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Uma segunda onda pode ser mais perigosa? -

Felizmente, muitos especialistas dizem que uma segunda vaga não pode ser tão perigosa quanto a primeira simplesmente porque sabemos muito mais sobre o vírus agora e estamos equipados com estratégias para diminuir a propagação.

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Uma segunda vaga provavelmente não será tão grande -

O valor de R — o número médio de pessoas para as quais cada pessoa infetada transmitiu o vírus — foi 3 no início da pandemia, o que foi muito rápido. Desde então, caiu em todo o mundo.

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Uma segunda vaga provavelmente não será tão grande - A BBC* informou que mesmo os países que enfrentam o maior número de casos de coronavírus, como Brasil e Índia, não têm um R de 3,0.

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Quando poderia acontecer? -

Embora varie bastante em todo o mundo, muitos estão preocupados com o facto de o inverno ser um período perigoso, pois outros coronavírus espalham-se mais rapidamente durante essa altura.

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O que podem fazer os governos? -

Outro confinamento é a maneira mais imediata de abrandar uma nova vaga. A Nova Zelândia tem sido líder mundial na frente da COVID-19 e também reservou fundos para o caso de uma segunda vaga.

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O que pode você fazer? -

A principal maneira de retardar a propagação do vírus é ficar em casa o máximo possível. A opção seguinte é usar uma máscara e manter sempre a distância social.

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O essencial -

Lave as mãos, desinfete objetos de contacto frequente como o telemóvel, use uma máscara quando sair de casa e evite tocar no rosto.

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Fortaleça o seu sistema imunitário - Quanto mais equipado o seu corpo estiver para combater organismos nocivos, menor a probabilidade de os apanhar e de os espalhar. Há muitas coisas que pode comer e fazer para reforçar o seu sistema imunitário.

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Apoie os pequenas negócios com precaução - As pequenas empresas estão a abrir apenas prematuramente porque precisam urgentemente de dinheiro ou irão à falência. Pode ajudá-los, encomendando localmente e dando gorjetas.

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Trabalhe em casa se possível -

A maior parte do tráfego no mundo consiste em pessoas a ir e vir do trabalho, o que representa um risco especialmente perigoso nos transportes públicos. Se pode trabalhar em casa, essa é uma maneira certeira de diminuir o risco de propagação desnecessária.

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Limite a sua "bolha" -

A solidão é um verdadeiramente prejudicial para a saúde mental, mas encontrar amor em altura de COVID-19 é um risco que deve realmente ponderar.

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Reavalie as suas prioridades - Se cortar o cabelo parecer importante e inofensivo no momento, imagine toda a gente a ter a mesma ideia que você. Se não queremos que o vírus se espalhe, temos todos de tomar medidas individuais, pois não podemos controlar o comportamento das outras pessoas.

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Perspetiva -

Ninguém quer abrir mão dos seus confortos e rotinas diárias, mas temos de pensar a longo prazo. Quanto mais sacrificarmos temporariamente agora, mais rápido poderemos voltar a esses confortos e rotinas diárias mais uma vez. Caso contrário, poderemos todos vir a enfrentar uma segunda vaga.

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