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Nova síndrome -

Os médicos estão perplexos com uma nova doença misteriosa que afeta crianças que foram infetadas pela COVID-19.

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Sério impacto -

As crianças infetadas com o coronavírus geralmente apresentam sintomas leves, mas esta nova doença está a colocar algumas em unidades de cuidados intensivos.

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O que é? -

A condição está ser referida* pela comunidade médica como pediatric multi-system inflammatory syndrome (síndrome inflamatória multissistémica pediátrica).

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Quem é afetado? -

A patologia afeta principalmente crianças, mas também pode manifestar-se em adolescentes. A faixa etária típica é dos dois aos 15.

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O que é? -

Os sintomas desta doença misteriosa são semelhantes à síndrome do choque tóxico e à síndrome de Kawasaki.

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Diferente da síndrome de Kawasaki -

Mas os pacientes afetados por essa síndrome sofrem "uma inflamação cardíaca em maior grau do que normalmente vemos na síndrome de choque de Kawasaki", diz* o Dr. Sean O'Leary, especialista em doenças infecciosas pediátricas do Children's Hospital Colorado Anschutz Medical Campus.

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Sintomas -

Esta doença inflamatória rara afeta o coração e outros órgãos. Pode causar choque no corpo e levar à falência de órgãos.

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Sintomas -

Se o corpo entrar em choque, pode levar a uma queda na pressão sanguínea.

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Sintomas -

Outros sintomas incluem febre, erupção cutânea, dor abdominal, vómito, diarreia, língua avermelhada, conjuntivite e mãos ou pés inchados.

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Quando se desenvolve? -

Os sintomas ocorrem quando uma criança é infectada com coronavírus, ou semanas mais tarde.

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Quão rara é? -

"Ainda é muito rara, mas houve uma onda de casos", disse* a cardiologista Jane Newburger, professora de pediatria da Harvard Medical School e diretora do Programa Kawasaki no Hospital Infantil de Boston.

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Como funciona -

"Uma teoria é que, quando se começa a produzir anticorpos para o SARS-COV-2, o próprio anticorpo pode estar a provocar uma resposta imunológica", explica Newburger.

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Como funciona -

Jane Newburger acrescenta: "Isso está a acontecer apenas em indivíduos suscetíveis, cujos sistemas imunitários estão construídos de uma maneira particular. Isso não acontece com toda a gente. Ainda é um fenómeno realmente invulgar em crianças".

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Reino Unido -

Em 27 de abril, o jornal The Guardian noticiou* que pelo menos 12 crianças no Reino Unido sofriam da síndrome.

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Reino Unido -

Mas, de acordo com um relatório* datado de 7 de maio pela revista médica The Lancet, "a unidade de terapia intensiva [pediátrica] do Hospital Infantil Evelina London tinha mais de 20 crianças com um quadro clínico semelhante".

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Reino Unido -

No dia 1 de maio, o Royal College of Paediatrics and Child Health emitiu algumas orientações* sobre essa nova síndrome.

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EUA -

Na manhã de 8 de maio, 64 crianças adoeceram com essa síndrome em Nova Iorque.

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EUA -

Em 6 de maio, o Departamento de Saúde do Estado de Nova Iorque emitiu um comunicado para garantir que os profissionais de saúde estão cientes desta nova síndrome potencialmente associada à COVID-19, e para fornecer orientações sobre a notificação de casos.

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Austrália -

Embora nenhum caso tenha sido relatado até ao momento, os médicos australianos estão em alerta.

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Austrália -

"Não conheço nenhuma criança na Austrália com COVID-19 internada numa unidade de cuidados intensivos", declarou* a Dr.ª Asha Bowen, especialista em doenças infecciosas pediátricas no Hospital Infantil de Perth.

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Austrália -

“Ainda precisamos de mais dados sobre o que está a acontecer [...] mas sabemos que, em casos raros, a COVID-19 tem o efeito de desencadear uma resposta hiperinflamatória, onde o sistema imunitário fica completamente desregulado. Esses casos no Reino Unido poderiam ser uma manifestação [pediátrica] disso? Ainda não sabemos”, diz* o professor agregado Luregn Schlapbach, especialista em terapia intensiva pediátrica no Queensland Children's Hospital, em Brisbane.

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Europa -

Também houve alguns casos relatados na Europa.

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Espanha -

A Associação Espanhola de Pediatria disse* aos médicos para estarem atentos, à luz dos casos recentes de crianças que sofrem de dor abdominal, acompanhadas por sintomas gastrointestinais "que podem levar a choque, pressão arterial baixa e problemas cardíacos".

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Espanha -

A Associação de Pediatria da Espanha enfatizou: "É uma prioridade reconhecê-los (estes sintomas) para encaminhar urgentemente esses pacientes para um hospital".

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Itália -

"Em Itália, o Dr. Angelo Ravelli, do Hospital Gaslini e membro da Sociedade Italiana de Pediatras, enviou uma nota a 10 000 colegas comunicando as suas preocupações", relata* o New York Times.

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Itália -

O Dr. Ravelli e sua equipa relataram "um aumento invulgar no número de pacientes com doença de Kawasaki em regiões da Itália atingidos pela pandemia, observando que algumas crianças tinham COVID-19 ou tiveram contactos com casos confirmados de vírus".

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Itália -

"Essas crianças não respondem ao tratamento tradicional", disse Ravelli, explicando ainda que algumas dessas crianças desenvolveram síndrome de choque tóxico e tiveram de ser admitidas em unidades de cuidados intensivos.

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Europa -

No momento em que foi escrita esta galeria, haverá* um caso possível em Portugal e outros casos possíveis foram relatados na França e na Bélgica.

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