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Ópera? -

Muitas pessoas não são fãs de ópera porque pensam que é demasiado intelectual, pretensiosa ou simplesmente pateta. No entanto, entender de onde veio e como é feita pode tornar mais fácil apreciá-la.

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O que é, na verdade? -

A ópera é essencialmente um musical com música clássica e canto. Parece tudo especial e intrincado, mas foi feito apenas para entreter. As histórias quase sempre são sobre amor, perda e felicidade — nada diferente do que vemos na TV.

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Gosto adquirido -

O problema da ópera é que, tal como a cerveja, quando se experimenta pela primeira vez, provavelmente não se vai gostar. No entanto, quanto mais a "bebe", mais fácil se torna.

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O que há para apreciar -

Na ópera, pode esperar muitas fontes diferentes de entretenimento. Há representação, canto, uma orquestra, dança, grandes cenários e um guarda-roupa elaborado.

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O essencial -

Para apreciar o brilhantismo musical da ópera, tem de entender a base da sua criação. Não é difícil e fará imensa diferença.

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O que significa? -

A palavra "ópera" significa, em italiano, tanto "trabalho árduo" como "obra de arte".

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Ópera -

Depois passou a significar uma atuação que mistura todos os elementos clássicos do entretenimento: música, poesia e dança.

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Tipos de canto -

Existem dois tipos principais de canto na ópera. O primeiro é chamado de "canto recitativo", que combina a palavra falada e a música para formar uma espécie de argumento melodioso. Quase como uma versão clássica do rap!

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Árias -

As peças musicais com as quais estará mais familiarizado(a) são as "árias". São as melodias cativantes da ópera que dão caráter ao espetáculo. A ária mais famosa do mundo é provavelmente La donna è mobile de Rigoletto, de Giuseppe Verdi (1851).

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Quando começou? -

No final do século XVI, quando o período barroco chegou ao fim, começaram a aparecer espetáculos de ópera em Itália. Ganharam grande popularidade e espalharam-se pela Europa.

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Porquê? -

Durante o Renascimento, a música tornou-se tão complicada e indecifrável que as pessoas queriam voltar ao essencial do canto a solo.

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Monódia -

Os ouvintes de música mostraram que preferiam a "monódia". A monódia é uma peça musical onde há uma pessoa a cantar com apenas alguns acordes de fundo.

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Evolução -

A monódia foi inspirada na música grega antiga, mas foram logo adicionados mais instrumentos e os estilos de voz mudaram. A monódia tornou-se a nossa ária moderna.

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Teatro -

Enquanto o panorama musical se reconfigurava, as peças também cresciam em popularidade. Na Inglaterra, William Shakespeare estava a revolucionar o género. Pessoas de todo o lado aglomeravam-se nos teatros.

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Camerata Fiorentina -

Em 1573, todos os melhores jovens músicos, escritores e atores florentinos reuniram-se para formar um grupo. O seu objetivo era revolucionar a música e combinar teatro e música num espetáculo.

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"Dafne" (1598) -

A primeira ópera de sempre foi composta por Jacopo Peri. Porém, ninguém tem ideia do que tratava, porque se perdeu algures no tempo.

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"L'Orfeo" (1607) -

L'Orfeo, composta por Claudio Monteverdi, é considerada a primeira ópera devido à perda de Dafne. É baseada no conto grego de Orfeu, que vai ao submundo para resgatar a sua amante.

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Controvérsia -

A ópera de Claudio Monteverdi mesclava comédia e tragédia. Aqueles com uma disposição mais sensível acharam a fusão perturbadora.

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A cisão -

Os aristocratas achavam que a ópera devia ser séria. Em contraste, os "novos-ricos" preferiam comédias e piadas grosseiras.

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A cisão -

Consequentemente, o género da ópera dividiu-se em três categorias: opera seria, opera buffa e Commedia dell'arte. O último género deixou de ser operático.

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"Opera seria" -

Embora a opera seria fosse popular entre as famílias ricas e antigas, tornou-se um pouco chata. Cantores brilhantes aceitavam papéis apenas para exibirem as suas vozes, sem nenhum desejo de entreter o espectador.

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Christoph Willibald Gluck (1714–1787) -

Gluck lutou contra o ego desses cantores de ópera sérios e acreditava que a música não deveria ser mais importante do que o enredo.

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791) -

Mozart inspirou-se em Gluck e esforçou-se para fazer óperas divertidas e para todos, a mais notável das quais é As Bodas de Fígaro (1786).

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George Frideric Handel (1685–1759) -

Embora a ópera estivesse a tornar-se popular em toda a Europa, a maioria ainda era escrita em italiano, pois era vista como a língua original da ópera. Mesmo escritores alemães e ingleses escrevia em italiano. Handel, nascido na Alemanha, é um exemplo.

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"Opera buffa" -

Se for assistir a uma opera buffa, pode ter a certeza de várias coisas: haverá um final feliz, amor, piadas atrevidas, e será sobre a vida de pessoas normais. É fácil de ver como esse tipo de ópera atraía tantas pessoas.

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"La bohème" (1896) -

Composta por Giacomo Puccini, La Bohème é uma das óperas mais famosas que existem. Conta a história de um poeta, um pintor e um músico morando juntos em Paris durante um inverno gelado.

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"La Traviata" (1853) -

Giuseppe Verdi, o rei das óperas, escreveu esta ópera baseada no livro A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas. A história é sobre uma bela cortesã que se apaixona por um homem pobre.

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Eugene Onegin (1879) -

Pyotr Tchaikovsky baseou esta ópera no romance homónimo de Alexander Pushkin. É sobre um jovem egoísta que rejeita o amor de uma mulher e briga com o seu melhor amigo.

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Carmen (1875) -

Esta ópera é em francês e foi escrita por Georges Bizet. A polémica ópera é sobre uma mulher apaixonada chamada Carmen. Um soldado apaixona-se por ela, mas ela apaixona-se por outro homem mais rico. Na sua fúria, o soldado mata-a, mas fica destroçado.

Fontes: (BBC Music Magazine)(San Francisco Opera)(Victoria and Albert Museum)

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