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Verdade não falada -

De todas as consequências da pandemia de COVID-19, uma das menos comentadas é a interrupção do sono. Em competição com as taxas de mortalidade e crises económicas, simplesmente não chama muito a atenção.

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Fenómeno comprovado -

No entanto, os estudos mostram que a insónia causada pela COVID-19 está a afetar pessoas em todo o mundo.

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Estatísticas -

Um estudo feito pela Universidade de Southampton mostrou que durante o primeiro confinamento no Reino Unido, o número de pessoas que sofrem de insónia aumentou de uma em seis para uma em quatro.

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Estatísticas -

Na China, as taxas de insónia passaram de 14,6% para 20% durante o período de máximo confinamento, enquanto na Grécia 40% dos entrevistados num estudo de maio de 2020 demostraram ter insónia.

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Sem surpresas -

A falta de sono pode ter consequências graves para a nossa saúde e produtividade, mas infelizmente é uma consequência inevitável da pandemia.

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O que está exatamente a acontecer? -

“Mas como é que a COVID-19 priva as pessoas de sono?”, pergunta você. O principal motivo da insónia durante a pandemia foi a disrupção do relógio biológico das pessoas.

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Disrupção da rotina -

Antes da pandemia, muitos de nós tinham uma rotina diária que girava em torno do trajeto para o escritório, intervalos para o almoço e talvez ginásio.

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Disrupção da rotina -

Com a eclosão da pandemia, essas rotinas foram atiradas pela janela fora e os nossos ritmos circadianos foram interrompidos. Isso tornou mais difícil dormir bem.

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Teletrabalho -

Também é uma consequência do teletrabalho que as pessoas trabalhem mais horas. Sem distinção entre o escritório como local de trabalho e a casa como local de descanso, é mais difícil desligar-se, assim como acabar o trabalho a horas.

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Teletrabalho -

As pessoas estão cada vez mais a levar o stress do dia de trabalho para a cama, o que torna cada vez mais difícil ter uma boa noite de sono.

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Teletrabalho -

Para algumas pessoas, trabalhar em casa também pode significar menos exercício e menos luz do sol, ambos importantes se quisermos dormir melhor.

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Vida durante o confinamento -

Além disso, há o facto de que muitas das maneiras comuns de relaxamento, como passatempos e passar tempo com amigos, estão atualmente indisponíveis.

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Insónia e saúde mental -

Um número cada vez maior de pessoas está a lutar contra a solidão e problemas de saúde mental, que podem ser uma causa e um sintoma de padrões de sono interrompidos.

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Profissionais de saúde -

Embora os problemas de sono possam afetar todo o tipo de pessoas, os estudos sugerem que os profissionais de saúde, em particular, estão a lutar com níveis elevados de insónia.

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Profissionais de saúde -

Em dezembro de 2020, a universidade canadiana de Otava analisou 55 estudos globais de 190.000 profissionais de saúde para ver como as taxas de insónia, depressão, ansiedade e stress pós-traumático tinham evoluído nos 12 meses anteriores.

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Profissionais de saúde -

O número de profissionais de saúde que se debatem com cada um desses distúrbios aumentou em pelo menos 15% e o número dos que lutam contra a insónia aumentou 24%.

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A importância de se tratar -

A insónia como um distúrbio é particularmente preocupante porque, de acordo com a professora de saúde clínica Angela Drake, se não for tratada, pode tornar-se crónica e duradoura.

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A importância de se tratar -

Infelizmente, muitos casos de insónia não terão tratamento durante a pandemia, seja porque as pessoas estão relutantes em procurá-lo, ou porque o sistema de saúde está sobrecarregado.

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Procure ajuda -

E, no entanto, existem coisas que pode fazer se estiver a lutar com o sono. A primeira coisa que os especialistas recomendam é procurar ajuda.

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Procure ajuda -

Uma coisa boa da pandemia foi o rápido avanço da telessaúde. Agora é possível receber terapia cognitivo-comportamental para insónia (TCC-I) online.

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Procure ajuda -

A TCC-I treina o seu cérebro para associar a sua cama ao sono através de mudanças comportamentais. Um estudo de 2020 mostrou que receber TCC-I online pode ser tão eficaz quanto o tratamento presencial.

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Outras opções -

Se por algum motivo a TCC-I virtual não for uma opção, ou mesmo se for e você apenas quiser aumentar as suas hipóteses de sucesso, há mudanças simples que pode fazer que provavelmente ajudarão a dormir melhor.

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Outras opções -

A Professora Drake tem uma série de recomendações para mudanças simples de comportamento que podem ajudar a ter uma boa noite de sono.

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Deixe o computador na secretária -

Em primeiro lugar, pare de trabalhar na cama. Por mais tentador que seja, um portátil na cama só fará com que o cérebro associe a cama ao trabalho, impossibilitando desligar-se completamente quando a sua cabeça pousa no travesseiro.

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Evite as notícias antes de dormir -

Também é uma boa ideia não ler as notícias antes de tentar adormecer. Nestes tempos de incerteza, é provável que a notícia apenas cause ansiedade, e isso não é bom para adormecer.

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Alarme alternativo -

Também deve tentar, se possível, não usar o seu telemóvel como despertador, já que o telemóvel é outro objeto que associamos ao trabalho.

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Alarme alternativo -

E se tiver um despertador que possa usar em vez de um telemóvel, tente afastá-lo da cama antes de tentar dormir, pois olhar para o relógio pode causar ansiedade.

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Coragem -

Por fim, não seja duro(a) consigo próprio(a) e não se esqueça que vivemos numa época extraordinária. A insónia é mais um desafio que muitos de nós enfrentam e você não está sozinho(a).

Fontes: (BBC)

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Veja também - Perturbações do sono durante a pandemia

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