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Origem - Foi em 2018, mais precisamente no final do mês de março, que uma enorme fenda surgiu no chão, no Quénia, após uma forte tempestade.

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Localização - A fissura surgiu no Vale do Rift, um local que conta com diversas falhas tectónicas que foram criadas há aproximadamente 35 milhões de anos.

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Vale do Rift - De acordo com a National Geogrpahic, esta região de planície conta com diversas placas tectónicas que se dividem ou se afastam.

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Direção - A enorme fissura do Quénia encontra-se na África Oriental.

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Fenómeno natural - Segundo o jornal queniano Daily Nation, a grande fissura é consequência de intensos movimentos no interior da terra, que deixaram fendas profundas em Narok.

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Danos enormes - Os vestígios da destruição foram vistos ao longo da estrada Mai Mahiu-Narok. Num determinado ponto crítico, a fissura chegou aos 20 metros de profundidade, afirmou o Daily Nation.

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Vítimas do fenómeno natural - Ainda de acordo com o jornal queniano, diversas famílias que moravam perto da zona da fissura preferiram mudar-se.

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Pânico - Uma moradora afirmou que estava em casa quando a fissura foi criada e que a sua residência ficou dividida em duas partes.

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Tremores - Segundo a Reuters, o queniano Eliud Njoroge Mbugua também viu a terra a abrir-se e a dividir a sua residência.

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Medo - Outras fissuras começaram a surgir na estrada principal da cidade, após semanas de chuva, inundações e tremores, ainda de acordo com a Reuters.

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Desespero - Eliud Njoroge Mbugua afirmou que a esposa pediu ajuda aos vizinhos, quando viu que a fenda estava na sua casa, na cidade de Mai Mahiu.

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Sem casa - Nos dias que se seguiram, a casa ficou de tal forma instável que teve mesmo de ser demolida.

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Histórico - Numa entrevista concedida ao Daily Nation, o geólogo David Adede afirmou que acredita que a fenda estivesse antes preenchida por  cinzas vulcânicas do Monte Longonot. As chuvas apenas agravaram a situação, ao lavar as cinzas e ao expor as fendas.

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Histórico - O especialista refere que o Vale do Rift tem um histórico de actividades tectónicas e vulcânicas.

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Histórico - Segundo Adede, as placas tectónicas da fenda poderão ter estado inativas ao longo do passado recente, mas os  movimentos profundos dentro da crosta terrestre poderão ter originado as denominadas 'zonas de fraqueza', que se estenderam até à superfície.

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O que são 'zonas de fraqueza'? - São zonas que formam linhas de falhas e fissuras preenchidas, normalmente  por cinzas vulcânicas, provavelmente vindas do Monte Longonot, que fica nas proximidades, explicou o geólogo ao Daily Nation.

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Processo - O deslocamento de massas da terra é baseado no argumento de que a camada externa da Terra é dividida em várias placas, que deslizam sobre o manto, a camada interna rochosa que está acima do núcleo.

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Solução temporária - A estação local NTV informou que a fissura que afetou a estrada já foi preenchida com uma mistura de concreto e pedras, tendo voltado a ser utilizada como uma estrada normal.

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Solução temporária - Devido ao problema nas profundezas da crosta terrestre do vulcão Suswa, situado na região do Vale Rift, os trabalhos de reparo da Autoridade Nacional de Estradas do Quénia forneceram apenas uma solução temporária.

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Projeções - Num artigo do website Conversation, a investigadora Lucia Perez Diaz, da Universidade de Londres, afirmou que em algumas dezenas de milhares de anos a falha poderia dividir o continente africano em duas partes.

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Projeções - Segundo a investigadora, o Vale do Rift estende-se por mais de 3 mil quilómetros, de norte a sul, entre o Golfo de Áden, na Somália, e o Zimbábue.

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Projeções - Por ser coberta de rochas vulcânicas, a especialista acredita que a região norte possa ser a primeira a desfazer-se.

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Projeções - A investigadora acredita que a fenda, que surgiu no sudoeste do Quénia, dividirá a placa africana em duas partes, a placa núbia, a oeste, e a placa somali, a leste.

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Projeções - No artigo, a investigadora explica que, enquanto a litosfera for submetida a forças horizontais, esta será 'esticada', tornando-se assim mais fina até que ocorra uma rutura, formando a fenda.

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Projeções - Este processo é acompanhado por fenómenos como erupções vulcânicas e terramotos. De acordo com Lucia Perez Diaz, as fendas são o estágio inicial da ruptura continental que, caso seja bem sucedida, formará um novo oceano.

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Teoria posta de lado - No entanto, diversos cientistas afirmaram que o continente africano não se irá dividir, e que fenómenos semelhantes já foram observados em outras regiões, como o Arizona, nos Estados Unidos.

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